O ano era 1999. Eu tinha uma loja de discos e vendia muitos CDs de reggae importados, difíceis de achar em uma era em que a Internet ainda engatinhava. Tinha inúmeros clientes, entre eles um famoso radialista de Salvador, que apresentava um programa especializado no ritmo jamaicano. Alguns anos mais tarde ele me daria um enorme calote, deixando de pagar algumas dívidas comigo, mas, naquele momento, ainda era um bom cliente.
Uma grande estrela do reggae mundial acabara de chegar à Bahia para alguns shows e este radialista marcara uma entrevista com ele para o seu programa de rádio. Acontece que o radialista não sabia patavinas de inglês e precisava de alguém que servisse de tradutor na conversa entre os dois. Sabedor de que eu tinha alguma fluência em inglês e querendo economizar em ter que pagar por um tradutor profissional, o radialista me convidou para acompanhá-lo. E eu aceitei.
Aceitei porque queria mesmo conhecer a tal estrela internacional do reggae, uma das maiores vendedoras de discos do meu estabelecimento. E também porque não tinha nada melhor para fazer naquele dia.
Fomos até o hotel onde a estrela se hospedara e aguardamos uns trinta minutos até que aquela figura gigantesca, vestindo um robe branco aberto e cueca igualmente branca aportasse na sala. Nos cumprimentamos, nos apresentamos, iniciamos a conversa, que estava sendo gravada para o programa de rádio do entrevistador.
Em certo momento, a estrela do reggae se levantou, foi até o quarto de dormir e voltou com um prato fundo branco entupido de um pó branco que parecia ser cocaína. Nos ofereceu e tanto eu quanto o radialista recusamos.
- Oh, yeah! Jah Feeelings, alright? Respondeu a estrela do reggae.
Apenas balançamos a cabeça.
- Jah também cheira coca, disse a estrela do reggae. E continuou a conversa.
Ao fim da entrevista, sugeri ao radialista que cortasse aquela parte sobre cocaína.
Uma grande estrela do reggae mundial acabara de chegar à Bahia para alguns shows e este radialista marcara uma entrevista com ele para o seu programa de rádio. Acontece que o radialista não sabia patavinas de inglês e precisava de alguém que servisse de tradutor na conversa entre os dois. Sabedor de que eu tinha alguma fluência em inglês e querendo economizar em ter que pagar por um tradutor profissional, o radialista me convidou para acompanhá-lo. E eu aceitei.
Aceitei porque queria mesmo conhecer a tal estrela internacional do reggae, uma das maiores vendedoras de discos do meu estabelecimento. E também porque não tinha nada melhor para fazer naquele dia.
Fomos até o hotel onde a estrela se hospedara e aguardamos uns trinta minutos até que aquela figura gigantesca, vestindo um robe branco aberto e cueca igualmente branca aportasse na sala. Nos cumprimentamos, nos apresentamos, iniciamos a conversa, que estava sendo gravada para o programa de rádio do entrevistador.
Em certo momento, a estrela do reggae se levantou, foi até o quarto de dormir e voltou com um prato fundo branco entupido de um pó branco que parecia ser cocaína. Nos ofereceu e tanto eu quanto o radialista recusamos.
- Oh, yeah! Jah Feeelings, alright? Respondeu a estrela do reggae.
Apenas balançamos a cabeça.
- Jah também cheira coca, disse a estrela do reggae. E continuou a conversa.
Ao fim da entrevista, sugeri ao radialista que cortasse aquela parte sobre cocaína.
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