A Flock Of Seagulls - "A Flock Of Seagulls" (1982) - Referência essencial na vida de muitos trintões, o mundo precisa redescobrir A Flock Of Seagulls. Talvez a mais "new wave" de todas as bandas da era da new wave, A Flock Of Seagulls é muito mais que o grupo detentor de um dos mais esdrúxulos nomes da história da música. É, até mesmo, mais que a banda do dono do penteado mais ridículo do pop. Apesar de toda a imensa má vontade que a tal da crítica especializada depositou no bando de gaivotas, sim, eles eram realmente muito bons. E nem adiantou espalhar o boato de que o AFOS era formado por cabeleireiros (coisa em que muita gente ainda hoje acredita), o tempo é meu principal aliado nesta opinião.
Ouça o primeiro disco, de 1982, que leva o nome do grupo. São 11 irresistíveis canções dançantes, com um certo datismo, mas que ainda fazem bonito em qualquer festinha de maiores de 30 anos. Mesmo sendo imediatamente reconhecida como uma banda technopop e tendo o tecladista Mike Score - o homem do penteado esquisito - como líder e mentor, o instrumento que se destaca é mesmo a guitarra gótica e nervosa de Ali Score. As levadas de bateria lembram o death ska que grupos como Southern Death Cult já prospectavam no underground londrino na mesma época e as músicas, supremo defeito de muitas bandas do período, são muito parecidas entre si. "Man Made", que encerra o álbum, poderia muito bem estar em um disco do The Cure de alguns anos depois e é um ótimo exemplo de como a banda de Robert Smith poderia soar se tivessem um maior domínio de seus instrumentos.
Icehouse - "Flowers" (1980) - O mundo da música é repleto de bandas bacanas que um dia se tornaram chatas e modorrentas, pondo por terra uma reputação que, muitas vezes, levaram anos para conquistar. Há também o caso de bandas chatas e modorrentas que escondem um passado insuspeito de qualidade musical.
Uma destas bandas certamente é o Icehouse. Conhecidos no mundo inteiro pela insuportável canção No Promises - um daqueles hits chiclete que fizeram a década de 80 não ser tão boa assim quanto dizem - a banda surgiu na Austrália cometendo um agradável synthpop. Até aí nada demais, afinal, em 1979, era uma banda no frescor da criatividade e, por pior que fosse, seria natural que, do seu disco de estreia em 1980, saísse qualquer coisa de interessante.
O que surpreende verdadeiramente em "Flowers", seu debut, é que, naquele momento, o Icehouse não era apenas mais uma banda de aussie-rock surgindo no cenário pop internacional. Em suas 12 faixas, nos defrontamos com melodias bacanas, arranjos interessantes e uma sonoridade que passeia do synthpop ao pop-punk com muita originalidade. O que fez esta banda maravilhosa se tornar aquele pastiche de David Bowie em No Promises é um verdadeiro mistério para mim.
Uma curiosidade é que, até este disco, o Icehouse se chamava Flowers e Icehouse era, além do título do disco, o nome da excelente faixa de abertura. Quando conseguiram um contrato internacional com a Chrysalis Records no ano seguinte, tiveram que mudar de nome por causa de uma outra banda, esta escocesa, também chamada Flowers.
A sequencia inicial com as cinco primeiras músicas é simplesmente matadora. Da sexta em diante o disco "estabiliza" em boas canções, mas certamente o filé começa em Icehouse e termina em Walls. Porém o momento "alto" de "Flowers" é a guitarreira e pesada "Boulevarde", capaz de causar ainda mais estranhamento a quem associa o grupo australiano apenas ao pop plastificado de No Promises.
Icehouse - "Flowers" (1980) - O mundo da música é repleto de bandas bacanas que um dia se tornaram chatas e modorrentas, pondo por terra uma reputação que, muitas vezes, levaram anos para conquistar. Há também o caso de bandas chatas e modorrentas que escondem um passado insuspeito de qualidade musical.
Uma destas bandas certamente é o Icehouse. Conhecidos no mundo inteiro pela insuportável canção No Promises - um daqueles hits chiclete que fizeram a década de 80 não ser tão boa assim quanto dizem - a banda surgiu na Austrália cometendo um agradável synthpop. Até aí nada demais, afinal, em 1979, era uma banda no frescor da criatividade e, por pior que fosse, seria natural que, do seu disco de estreia em 1980, saísse qualquer coisa de interessante.
O que surpreende verdadeiramente em "Flowers", seu debut, é que, naquele momento, o Icehouse não era apenas mais uma banda de aussie-rock surgindo no cenário pop internacional. Em suas 12 faixas, nos defrontamos com melodias bacanas, arranjos interessantes e uma sonoridade que passeia do synthpop ao pop-punk com muita originalidade. O que fez esta banda maravilhosa se tornar aquele pastiche de David Bowie em No Promises é um verdadeiro mistério para mim.
Uma curiosidade é que, até este disco, o Icehouse se chamava Flowers e Icehouse era, além do título do disco, o nome da excelente faixa de abertura. Quando conseguiram um contrato internacional com a Chrysalis Records no ano seguinte, tiveram que mudar de nome por causa de uma outra banda, esta escocesa, também chamada Flowers.
A sequencia inicial com as cinco primeiras músicas é simplesmente matadora. Da sexta em diante o disco "estabiliza" em boas canções, mas certamente o filé começa em Icehouse e termina em Walls. Porém o momento "alto" de "Flowers" é a guitarreira e pesada "Boulevarde", capaz de causar ainda mais estranhamento a quem associa o grupo australiano apenas ao pop plastificado de No Promises.
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