Em primeiro lugar, deixo claro, heterofobia não existe. Não há indícios de preconceito que justifique o uso corrente do termo, além de um heterossexual não ser bem aceito em uma roda de conversa formado por homossexuais. Dito isto, vamos lembrar que, a rigor, fobia é medo e aqui vamos falar exatamente do medo de ser heterossexual de Freddie Mercury. Portanto, se você chegou até aqui esperando que eu discernisse sobre algum tipo de preconceito do cantor contra heterossexuais, pode dar meia volta. Do que falo aqui é de como o vocalista do Queen, ao longo dos anos, lidou mal com a sua bissexualidade e de como tentam hoje em dia reconstruir a sua história para transformar Mercury em ícone gay e representante do movimento LGBT+. Deixando claro, também, que eu não vejo absolutamente nada demais em haver representantes do universo LGBT§ na sociedade. Porém, escolher um artista que nunca soube lidar com sua própria orientação sexual não me parece exatamente o mais apropriado para quem
Renato Jorge Araujo